"O homem que aponta" (1947), Alberto Giacometti. Recriação ecfrástica.
Versão 1.
Espelhos e descaminhos simultâneos
Lá - no
mato -não mato- mato, sim O sertão é
dentro da gente os brancos
acabam com o mato sem conhecê-lo
digitam todo tempo o não lugar da
não floresta abandono de
forças ancestrais permeado com a
obstrução dos canais olfativos do
mesmo homem
[Há muito tempo
para detê-lo e também não há
tempo algum]
Já a córnea dos
olhos embaça, logo que o
chimpanzé o avista chegar marca texto
vermelho nas mãos Impossível tocar
um homem (tão finoepétreo) sem contrair algum assomo de perplexidade,
terreno vasto de mesquinhez em ereção _ I _ I _ I
no deserto
amazônico o homem aponta
com sua câmera em closeup o
acontecimento-zoom que, da arma, ele faz
e a natureza
reconstrói e, nela , ele
inocula seu fétido Falo de poder no angiosperma do espaço verde,
pois que assim não há
fruto
Homem invade
igreja em Manaus, aponta arma
para cabeça de mulher e rouba
fiéis durante culto; veja vídeo autoridade do assunto: homem, dentro
da casa, é o cabeça do lar, ele
aponta o caminho
doença
insidiosa, tudo dorme e tudo acontece: sou
filho da inorgânica terra e, em geral, declaro guerra a
cada opositor em nome de meu
mortal membro varo
derruba
estrada-semente- inevitável, pois assim não há fruto que detenha, todo
o aparato (seu filete de
sangue incrustado na gengiva inflamada) em sua sanha de
não morrer que ele morre na
sua sanha de vírus quadrangular do Falo que invade
o angiosperma do culto germinal, com senha e
documentação sigilosas SacroAbsoluto invade e rouba e
inocula na natureza seu (pode, a flor,
nascer do homem?) corpo fétido com
o zoom espelhado da selva em seu olhar
devagar,
divagar, peça mais, quebre aos poucos não segreda outro compasso> inaugural> outro século:
este estado : não mitigado pois quer ouro - prata - bronze : isto premente
Pudera capturar : firme é quem muda a : direção
-Como vai o homem? Aonde?
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