terça-feira, 27 de novembro de 2018

Cores nos olhos

A estratégia do tema é ser Força
Tal como a estratégia da rosa é ser branca
A estratégia do tempo é ser sonho
Assim como a estratégia do corpo é ter voz
A estratégia da música é ser única
Tal qual o tempo , por estratégia, é ser fim

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

A Superterra

(Jogue fora as luzes, as definições. 
Diga o que você vê na escuridão" (Wallace Stevens)

O exoesqueleto é SupertErra
Imagine: 6 anos-luz
Era uma partitura, estratosfEra
Era uma vez a lagoa que Drummond pintou

3,2 vezes nossa ignorância
Já dizia que o Pai se escreve com P
Porém, neste, mundo, temeríamos seu despertar
Florescer da fibra desde o invisível sem voz

The shadows of the pears
As the observer wills
Não se tocam por aí violinos
A nada semelhantes: Opusculum Paedagogum

Então, endereçarartes Fé-Lícita na vida ao longe?
The road not taken, o silêncio mais___________
Se não puderes ver...
Te amo tanto

Aqui, talVez, o Planeta-Ar
Em si decola e reconhecido é

Pois não há tempo
Já que se descobre

________mais íntimo e mais forte_________
Onde o Poder em ver habita Agora



segunda-feira, 22 de outubro de 2018



SalmÓdia(Poema em parceria com Adiron Marcos)

No jardim das rosas onde sonho e medo
também dão-Se os pés -
muuuito antes de se Acabar João - minha voz,
qual profeta do Crato - já se enroscava
no Cacto do Manuel_______ por maus caminhos de

setenta sortes o bolo que fiz em criança
também estava no Museu Nacional naquele dia
em que a Tragédia fumou os anjos, sem nexo
e filtro.

E como não ouvir das tempestades os setecentos
trombones, se no caminho do Planalto
um javali desfila na rua??__________

Não só os entes de fogo sentem
as espessuras da pedra, em Manguinhos
a todos os nomes o sobrenome "Sísifo"
foi concretado nas identidades, minha voz

inda esbarrando no Cacto prevÊ pra depois de
vinte e oito de outubro um rÓr de mais

sete mil mortes lá onde a lama TRAVA
e se acabou João e não apareceu AMARILDO_________

ah meus ossos... derrereTÊram
com as feiçÕes da mula_______ nela Montado

o Dark Lord dos poentes - Todos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Manifesto da PrÉda, ou baganÁcias da Chuva( Poema em parceria com Adiron Marcos)


Ossário largandarÁdo
às baganÁcias da Chuva________

por último O que feche a porta, de eMpós
quebrar na fonte a lampadÓsa do Encantamento
comprada no empÓrio a prestações.

Aboio
de chuvÊra mais braba: você recusa o forde da
fazenda, meu cavalano erÊ-banto um toque
de piano, mar Aprende
que é Demais abandono(anjos
mas num lugar Distantíssimo). Não me encontrei

na meia Quarta do quadrante NorTe
quando se pisa o asfalto quebrado
pelas RaÍzes, sempre no MEU barro
a mesma Ausência(e barro-Amorfo(!!)),
sem a espesSura da pedra______ ombro Nenhum.

Ônibus freiam na confluÊncia dos caules
sob edifícios que derreterÂO quando a roupagem
do fim do Mundo vier da lavanderÍa,

largado OsSário às baganÁcias
da Chuva_______ elas esquinas,

as ruas, não mais mangÂÂnam
o encanto de nossos Pés.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O asterisco

Um símbolo pode ser criado por meio de membros
Um ídolo pode ser inventado a partir de um ícone
Uma vírgula não constrói o amarelo
Possível até que cotovelos ralados amanheçam num quadro de Edward Hopper
Pra contar uma história sobre a máquina do mundo
Na perspectiva dos selvagens
Ou seja, daqueles que não quiseram
O asfalto.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018



Estudo sobre a cinética do sentimento


Quando os pombos voam 80 km/h
E os urubus planam
Multiformes desinências
Partindo códices
É triste
Rente à pele
O que dizem ser o Tempo
Mas o eco das lagartas antigas
Massacradas por sua própria dor
Vindouro ser quer borboleta
E enquanto massas nos dentes
Dele caminham pelo mapa
Há de querer há de vir hoje
Outro campo
Onde poeira se faz estrela
Aquela obra denominada
Um dia

domingo, 9 de setembro de 2018






Posologia do tempo



A menor dose efetiva permite três tentativas
Adultos e adolescentes em cima dos muros comemorando morangos
Perdem a conexão com 8 mg
O peso corporal não deve ser excedido
Na escolha múltipla da diluição...
Você terá uma resposta correta em 45 segundos
Calcula-se a dose da injeção de acordo com
Mio Babbino caro e a captura de tela salva

Quando os museus todos no fogo
e sem água pra  dosar colherinha
a solução Oh Fortuna 5 horas da tarde com Lorca
numa cabana excluindo o nenhum momento
Para questões de interpretação do texto
Somar 1 ano de idade Às crianças e
Vide o bueiro

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Hoje/ Capital do sonho invisível

Nem simples nem difícil
Apresentamos supostas princesas
À nossa leal bruxa

O pensado nem sempre é verídico
E realmente nem o que vês
É sempre o princípio

Mas alavançamos em alta quilometragem
Quebrando espelhos, saltando com rãs pelos lagos de gelo, retornando à epoca

Em que o arroz no Nilo abastecia mais sentimentos que as naus do moderno
Talvez

E avançamos _ imbuídos de Horizontes
Que adormecemos
Dentro do pote Anônimo

Ação sintomática jogada ao mar
 revivendo
últimas e outras infâncias
Apagando muros de diversos
Caminhos distantes

A aurora da vida redesenha
Sua forma-cor
Assim que olhamos
De novo

Quando se busca o Ser
Não há um modo reto de avaliação
A nossa música mira por variados cantos
: O que permanece é o sentido
e o Elo quer

Nossas crianças nos carregaram ontem
Que já é hoje passando amanhãs
Nas águas marotas , praticamente o fim

Porque elas sabem
O que é lembrar do
Que ainda deve existir.



quarta-feira, 6 de junho de 2018

Ensejo dos Passos (pra caminhar no tempo)

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Lá Dentro fazia frio
Bem onde as gaivotas
Inauguravam a noite

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Outro esquema, nunca se soube,
Ilha: relevo bilateral na escada

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Agasalhar-se com bolinhos de chuva
Acorda! Roupa _varal é um espelho

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Disritmia chamando a Fé
Onde limos não nos julgavam

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

O Tempo, nem antes nem depois,
Assume a lírica dos distintos
Recuperar a genealogia dos bichos

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

O presente /pequeninos brasileiros/
Era subir e rever a vista
Caso cativo , vivente

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Em nosso último mundo,
Toalha que seguravas
Quintal da Tarde, baldes no olho

Ré-fá-lá-sol#-mi-sol-fá-ré

Pra haver o desencanto?

domingo, 27 de maio de 2018


U z a l u z a z u l



O  Azul gira 180 º quando não é tarde
Bem no berço das gaivotas
Onde não há início ou fim
Há quem diga ser engolido
Alado ventre estendido num céu
Ampla condição sem mãos , líquida
Busca o explorador outros mares:
Glândula nova ou a primeira versão da folha
Antes da mágica, não existia o azul traçado
Luz, asa delta, meus passos sem o destino
A vivificação do meio combinou o mapa
Com Retratos tenros, belo dia Azul
Até o dorso das línguas se tingindo de aLuz
Pra cada humano ceder
Habitar na fonte da voz
A vez  embaralhada
De aLuz planeta

quinta-feira, 19 de abril de 2018


Ensaio sobre o nascimento ou a informalidade

Ave: entrementes
Palavra: escultura
Verbo: giro
Vírgulas: aves
Epicentro: poeta
Amor: espaço de recomeços
Governo: i
I: um devir número
Branco: oportunidade
Fronteiras: ficções
Pensamentos: versões
Olhares: perfurações
Quadrado: fato desconsiderado num segundo
Imagem: tempero saído do momento
Conceito: porta
Janela: chave
Processo: caminho
Conta: Édipo com visão redobrada
Cores: pintas
Possibilidade: voz fora do alfabeto
Desconhecido: parte do cosmo ou das frutas
Datas: comércio entre emoções e barras
Brasil: signo construído sob plano europeu
Sala: cadeia de acontecimentos
Carta: abertura de história pessoal
Escola: pastagem em séries, surpresa de alarmes e produção de vivos
Linha: casamento dos contrários
Exposição: trajetória das pequenas certezas
Mediação: cores livres das formas
Medo: suposição cristalizada
Obra: gênio diluído pelo sono do ego
Força: elemento em conformação com a fé
Comentários: diferenciações
Pausas: formação
Pessoas: incógnitas
Enigma: História
Busca: chocolate sanguíneo
TV: temas vencidos/vendidos
Internet: sintoma de opinião nascendo de um pavão
Leituras: direções
Expressão: presente
Aleatoriedade: desvio das formas fixas
Eixos: inspiração
Pergunta: teia com chance de consideração
Sapato: canto
Óculos: não lugar da pele
Poesia: cabeça recortada entre um passo e outro
Transparência: tirar do estojo
Trabalho: manufatura dos personagens
Corpo: simultaneidade de movimentos da vida
Fé: aceitação da impermanência
Memória:  consciência no tempo by Fernando Pessoa
Livro: desexplicação sobre o mundo
Leitor: autor ao quadrado
Vicente Franz Cecim  : Ave num sentido buscável
S: 5 lânguido de música
Ordem: intelectualidade das pedras
Sísifo: pedra que bombeia as montanhas
Exemplo: essência de metas passíveis de convencimento
Irmão: ente não conhecido na biografia
Pés: chão ontológico nascido fora da mente
Alma: compromisso da Luz em detrimento das sombras
Impressão: papel comprimido pelo Olhar
Joanetes: lagartas mortas temporariamente
Vida: espaço entre o Não e o Sim
Amanhã: acontecimento ao contrário da pena
Ontem: pena ressignificada pela fome
Louças: lavagem cerebral
Cérebro: limites conjugados até hoje
Fato: ponto de vista desentranhado do abismo
Zíper: formigas de garras
Noite: período em que brilha o anel
Calos: signos moldados pelo tempo
Tempo: indefinição desde sempre
Morte: estado de readaptação anímica
Direitos: realidades parciais
Filosofia: coletânea de dúvidas a se desdobrar
Dinheiro: criação imprecisa conivente com abusos
Música: musculatura do tempo
Estrela: um todo sem definição que brilha na máquina escura
Papel: apagamento arbóreo
Assaltos: situações com perda de caráter antecipadamente
Asfalto: lugar do não homem
Cidade: âmbito onde há morte para uns e vida para outros
Felicidade: sujeitos em conciliação consigo mesmos
Alegria: sujeitos em conciliação com a Paisagem

sábado, 17 de março de 2018

Incompreensibilidade da bala (pra Adiron Marcos)

Eros afirma poder ser branco
Num território marcado pelo sangue
O próximo ponto é amarelo
Tão losango quanto a indiferença
Os perros sonham superfícies castanhas
Do tamanho da caixa intocável
E nela onde estamos
Vibramos alto
Lá onde o Sol não é Dó

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Ilha em Si continuado -- /Para Adiron Marcos e Laura Lisboa/
 ( escrito ao som de Dance Macabre, de Camille Saint Saëns- 1875)

Desde o tempo- miúda- que comecei a perder tarrachas,
Torres baldias, traçados de ocorrências meticulosas e grudes de bolinhas sem freio...
Renascer, Era,vinda do sem Sol

Meus brincos dançam com brocas, soar das horas XiloFolioNadas
Gavetas pelas praias seriam ouro
Aos sambaquis : desafiando a realidade
Mais Jasmim cor da caneta verde-esmeralda

Acalenta o garrancho e sua indiscrição oniMpotente
Qual Vento eleva a verdade?
Somos Alma e animais macabros
Por uso de outra imaginação?
( .                                                  .)

As trovoadas não acessam os Bem-te-vis
Assim, eles se aninham à Luz rósea-Xamã
E a sombra fresca da memória, em nossa vida, repousa?
Terça parte do figo é mais tinta a ferver nosso sangue

É. as cinzas do Rio de Janeiro formigam com as abelhas_________________________
Espaços sem pedra ou chão
Onde a noite, por desvario, queira  retornar
A ser
Um dia Começável.


terça-feira, 16 de janeiro de 2018


Soneto, n.327(Parceria com Adiron Marcos)


A voz se veste de Noite: e o colchão velho
pesa como uma Sombra de granito.
O sol já não ancora na janela, e o que foi novo
não é mais que sementes de melancia

no chão Triste de cimento. Traças saem
da primeira visão da curva, trazem ossos
tatuados nos braços fuderosos_________
tempo d'amanhÃs taMbém já Foi

quaIs derRadeiras abelhas: nossos poréns
não couberam no poTe de mel.
Detive-me na poNte - inteRminável sofá
que além de Falso, er'Outro temPo

Lilás__________ voz se veste de Noite,
Marés de efós-Nevoeiro...

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018



Tranquilidade lírico-catraestrófica
(...baseado em JJ Veiga, Vida e Camões)

Contam a Vós, de minuto a minuto,
que os olhos suaves não desentopem pias.
À beira do rio, com justa causa: a Vida.
Nunca provaste a realidade na coisa_______


Decisão logo despedaçada, hoje
Antes do dobrar de esquinas, contritamente
deixando cair o papel no capim sujo/vão/vul...
Situação agora invertida com Amar(gor)

Possa o contrário reunir nossos-pavios-feitos