quarta-feira, 22 de março de 2017



Nome, leitor, sentir?


Na minha rua, às quase quatro da manhã, voam vagalumes , pois, para eles, os relógios quebraram e há silêncio. Como os próprios pios do Cronos afirmam, nossos lumes vagueiam entre um abrir e fechar de olhos. Geo-graficamente, em garranchos indecisos. Certo que a lentidão da existência poderia ser repensada a partir do momento em que as lesmas adquirissem asas. Pretendo, portanto, com este proto-significante adentrar o símbolo condensado em meus cinco dedos. Perceber que em cada espaço entre carne, dedo,cor, parede, pedra resistem as brechas inomináveis, talvez variáveis patafísicas. Algumas tensões retiradas antes do flash, por causa do lance sinestésico, me levam a crer que as palavras mais densas , carre-guardadas, podem , sim, se repartir até virarem pó.



domingo, 12 de março de 2017

Depelpe

Servir séries de serpentes
Em olhos de coruja
Perder a voz
Desde que
A neblina
Lhe embalou
Os Pés, (x 2)
A toca reabrigou o sono
Vivíamos num jardim
Onde o corpo e mente serviam (de)
Sementes
( + silêncio - urubus no seu quintal)
Para conseguir retornar o aroma de café ao de camomila
Assim , a sinfonia transitada pelo Sim____

sábado, 11 de março de 2017



Algo marítimo
Do azul com Ismaelrelo

A Adiron Marcos


O que posso fazer é
Água em mim
Coisas distintas estão passando
Passam sem cessar pelo túnel
Do espanto.
Coisas sem cessar cantam
Com eros
A fábrica que origina até as repetições.
O impelido e o reprimido.
Sei que a fuga
Deu luz à água
Quando sua garganta precisava
Da dança
A de outra vida
Que começa com todos os pés
Tortos_____