sexta-feira, 22 de dezembro de 2017



Entre águas e óleos (Pra Adiron Marcos)

Espaço de somos...
Foi o que disse..
Sobre louças lavadas carregadas
pelas corujas e maluquices
de uma vida por cima do véu.
Espaço de somos
Foi o que disse por todo o gasto forro.
No abandono de nós.
Foi ao líquido estabelecido contato.
Espaço de somos: além de tudo

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Rumioniños (Pra Adiron Marcos)
Muitas paisagens nos olham
acordamos entre nuvens de fumaça
imensas crateras lá embaixo
e vulcões se colocam à disposição...
mas não se pode deixar
uma cena sem direção
se pudesses dizer ao ano Novo
Tu, eu lírico, dirias no sótão:
-Aprender



 "Puxão de orelha" , em resposta ao pessimismo do soneto n.320... (to Adiron Marcos)

Nossos números dormem fora do aço
Somos dignos do que tecemos
Temos portos abertos
instrumentos e olhos
deixamos o sopro hálito fresco quando partimos
Mas as cigarrrass cantaram pontes

e os fluidos nos acompanharam...
Como pode a manhã cinzenta_______
apresentar uma cor em soslaio?
As cores estão no tempo
Vento a vida atrai


Sorte da ponte:
Aberto o cais.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Carne e Equinócios(Escrito em parceria com Adiron Marcos)

Entonces
bem acima de colunatas,
vértebras e aldeolas do Tempo
nome de nosso amor é Estrada:

lá vão Dois(somos Nós os compassos)
que pra detrás não Olharam
quando ao primeiro Passo(como Antélia,
mulher de Ló)___________

aliás bem noutro vendaval de galáxias 
que achamos à beira um Bardo, pleno de
pégasos nos sete Olhos - diaconou haver em Nós 
tesouro cuja manhã em carrossel
navegará para Sempre com a força 
das primeiras Caravelas no arrostêio
ao monstrengo do fim do Mar__________

princípio que se faz Carne e Equinócios
com seus améns e vitrais__________

pois não precisa que essa rua
que essa rua seja Nossa__________

a gente olhando à janela 
como Será: noite grávida 
do próximo Brilhôôô dele sol, Chegante,
tão... Novamente.

terça-feira, 14 de novembro de 2017



Eu dou as mãos ao amigo silêncio. Carregado pelas abelhas, elas pelos céus cinco vezes levantadas.

Não tenho a canção certa nem a errada. Tenho o que me deram e além:
o qu'Este passo construir.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017



Pão com milho (reverberado num descanso crepuscular - para Adiron Marcos -|- transversal caminho)



Arte arde na pálpebra dos dentes inferiores.
Antes tomados como carvão
em pesadelo de estudante sem pernas.
Olhar do sono entrecortado em cruzes
esperanças de bolo no dia embotado ,
ainda que lilás .

Nossos pais fazendo as pazes.
Saudando possível instante de aurora
Em que uma filha acontecesse .
Hora sem navio.
Olho sem reter
Absurdo de expandido ser
Em verso e carne, o abismo não nos engoliu.
Luz e sombra de cinco segundos em respiração
desmanchadas
Do clima já não sabe, nem do nariz.
Agora tem a paz de um Danone à sua frente.

Mas a varanda é da gente
Gente que luta no pensamento pra defender o sonho:
realidade em sensível expoente
E no braço da noite quando nadadores
voam e as borboletas somam gestos de chuva
calmante na barriga do Brasil-fogueira ,
a Folia vem com as estrelas do Oriente.

Por meio do violão em escala de Sol-noite.
Eu fico a desejar que o toc seja terra
"Pro fundo da terra pro fundo da terra"
E sobre o amor nenhuma vergonha mais.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Estudo dos Caga-lumes querendo o Sorrir

Nossos territórios habitados e não descobertos.
Ceifam acordes da ave mais RARA.
ESTA. daí provém tristezas cotidianas não entendidas.
A realidade te confesso com tanto de isoesquizoidismos invenções partes de eclipse ou do que pode ser.  Algo muito belo. Incompreensível lá que diriam do neoplatonismo.  Mas vc seu argumento entre os cílios enquanto fugia a razão tombando o centro.
Acorda pois  com doce. .
Energia centrifugida pelos chãos de nossos abanadores de rabinhos.  Terra pisada tão quente e cálida______
Energia despendida  por marotos filhotes de Sísifo.
Lançada nos líquidos de rios tão Gregos. Olhos abertos para o Não ..no que procriamos o desfalecimento.
Difícil explicar a Magnitude do Tombo.  E a Academia do furo. Mas o corpo caminha como se não morto. Já que na mente monta o fiel corvo , mas outra astúcia em si traz.
 Atmosfera e pitacos nas nuvens nossas gentes.  Sem cuidado.  Pensando coisas que não reclamam o Sol
 Nossas gentes de nós mesmos.  Cantam no que catam
No que vagam no que cagam
 Cada toco de vela é o pedaço da dedicada Chama.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Fractais suspiros

Ganchos de ouro na voz do narrador infantil
já não desenham a esteira, nem mesmo a rede
de nossos Pais.

Hinos ao Criador, eles os interrompem,
pelo bafo do falso profeta.
Indígenas seriam conquistadores: atestado da falta
mortes são contadas em cada verbo

Articulação em oclusão do Sol
dentro das meias, aranhas engolem
(dançando um ballet miserável, sem ponta e metro)
O miolo da segunda morte em dia de Não

Bonecas de gesso pinçando traças do teto
quebramos o gelo na próxima curva somática
Fruto do Deus em pantomima de Artaud

Nem vem que não tem
a Dama da noite exala nossas histórias...
Cada passo em falso sai na pegadinha da quadrivisão

Os trechos de sangue incrustados na parede dos quartos
não são mais do que o ketchup estragado pelas compras passadas
e se vamos vooltar à pilantragem- jogo de véus
Hoje é dia de HHHAAaHHHAAaa
Botar pra quebrar

Somando os o(ri)fícios do teatro alquímico
à combustão dos garranchos latinos e suas Vias Crúcis
nada mais deformado que
casarões maiôs e tangas amarelas
e pedras com pernas procurando emular Homero

Quem sabe do que é a visão?
doadores de esmola sem um manto de Origem
Talvez, só anotações do jogo de xadrez perto da chaminé
Para que, um dia, sejam pássaros : verem assim do Alto:

e desçam no Terceiro Mundo -ventos anunciadores-
com a cara de gente mucho envergonhada
que reconhece nunca ter sido Dona de nada
Laboratório-nada

Timbre que nascerá
quando vencer
não for herdar
todas as coisas

quinta-feira, 7 de setembro de 2017



Casos de dúvida sobre nós

(Para Vitor Pordeus, Thi Cardoso, Hedwiges Quintão, Adiron Marcos, Victor Moraes e Toby)

Conversa de bêbado valendo mais que muitas gravatas
Neste Território que não se fez Pindorama
Vibrião se assenta em garranchos e óbitos
Sob a luz da Alta no céu Completa
Outrora, eram skates jogados pelas curvas 
Antes de sumirem do Largo do Verdun
Pois não queriam ser guardador de carros...

Meninos cheiram algo do chão
Nunca independentes
O diálogo não tão claro quanto Ela do céu
Qualquer vapor que venha não é de nossos cabelos
Não é do Sebo aberto
Nem da Casa das vassouras
Cada InfÂncia que tivemos guarda
Uma espécie de pestana molhada

Os fogos se afirmam como chama de outro lugar
Tudo quase oco, de repente, chuva verde-vermelha
Era Fanfarra sem divisão de círculO
Raios timbrados na Torre do Tombo
Nunca lida
Somos frutos de novelas por horas cravadas, suas toscas emoções
É só a tinta azul correndo nas veias de nossa Árvore

Quanto Nomes não perdemos
Enquanto Ismália, Ofélia e Orfeu se dissolviam...
Dias de noite
Muito do dano os doíam
O mesmo engano humano que mirou Medusa’s eyes
Agora comenta com Capitão Ahab
Sobre as águas de tão vasto Ego

Almas que partiram pra voltar no Índicore
Aromatizando o punho e a jaqueta de Thi
Quando houve chuva na Lapa
Abrigo: agradecida pelo calor do gesto
Noites que vão sem nau no mar- Irmãos, onde, vamos?
São folhas caídas no movimento das máquinas
(Já se foram por demais tempo gastas)
Até que sejam todas as fímbrias secas
Como no Início em que nos olhávamos
E víamos

terça-feira, 29 de agosto de 2017


Ária Sulla Pindoramá (Parceria com Adiron Marcos)

Hoje acordei sonhando que era mito
de corpo e voz a dizer entredanças
"vááá Luciaaanerenê livrar as nuvens
das tubas escondidas nelas
porque não há mais que Temer

e já Passou vendaval das casas
e suas pequenas histórias, os casos
de meninos correndo Nus
e doces feitos com ácido
(depois uma velha na esquina
ligava as chaminés do tarô
e via nos vagões da central
as palmas se Avermelhando)"___________

meu Deus meu Deus deixe Não
que eu me esqueça essa Terra
onde cantou Sabiá...


Mombaças(Escrito em parceria com Adiron Marcos)




Mundo é esse longo pernoite das horas
que passam fora das janelas
enquanto a gente engole as nuvens
cá dentro, num gesto Fosco_____

como um saci
que de repente acordasse com cinquenta pernas
e por isso mesmo
não sai mais do lugar.

O sol(quando amanhece)
é flor Margurosa,
sobram mombaças
do Cirandeiro perdido
que fomos eu e você, muleques descalços,
felizes por não saber
que Itabira era um planeta enorme.



Anotações Tobudas(Escrito em parceria com Adiron Marcos)

Intonces
vi os anjos das cidades Pálidas
tocharem fogo nas últimas bibliotecas,

anti-reza longínqua ver aquele sertanejo
que atura o seco diabo o dia todo
no funduréu de catende e só deseja ela chuva____

Qualquer garrancho de água
é imbó de mor melhorança
na terra cansada de Seco
e de perdizes surrupiantes
passando no jornal das oito:

redoxon sem bula é menos sério
que dez colheres de tonofosfã em 1940
sem prévia receita??

As orações batem na porta da Fome
e pedem âmnio café nas estações de bangu,
grapiúna e gramacho____

aqui palhaços manjam dos astros
e são amigos dos serafins, os mesmos
que apagaram a luz
de empós tocharem fogo nas bibliotecas das cidades Pálidas, sem valselhim
nem Retorno.


Poemetcho(Escrito em parceria com Adiron Marcos)

Adorando a moça(vizinha, cantora)
e sua voz que me atravessa
paredes.

Porque ela voz
junto aos gambitos
das gotas de chuva(solavancos de móveis
lá em cima no céu Ponteando)
é boi g'rantido de Medicina____

e esqueço que entre o "projeto"
e o "protejo"
existe um fio. Então Inspiro: as árvores,
no quintal. De Volta.


Estudo levemente acordado(Escrito em parceria com Adiron Marcos)

Visões da amanhecida Hora:
são dígrafos, dípticos de móres sóis Gêmeos.

Refaço um quadro de onde saem pássaros
juntando búzios pro fim do Tempo_____

mas é mourejo
de um olhar querente de estudos
dentro da chuva,
e a possível lágrima
brotasse, da mesma nuvem____

um todo Ar, ou bem-estar de céu:
e duas árvores Abraçarantes
naquele bosque Futuro.


Umas Dóbroras(Musguilho, pra berimbau e fagote. Escrito em parceria com Adiron Marcos)

Num qualquer lugarejo
ali entre ele fim de Nova Iguaçu
e o armário de capotes da órbita de Ganimedes -
revogados todos os asteróides em Contrário -

uma flor no olho. No outro:
galho d'árvore bêbada, criança feita
unicamente de notas musicais.

Mas você vê dois girafantes que trampam na Uruguaiana
conversarem, e apanha um ângulo do colóquio
como quem segura a nuvem
que passaVai_____

"eu até podia adiarantar aquele cascalho,
mas seu pobréma é anoitecer bem Rápido",

e a vida: andária assim brujão-Caranguejo,
faltando peixes na cesta e dona Rita
errando por dois centímetros o arremesso do iogurte,
que afinal era cordélia Estragada:

o guarda munícipe do outro lado da praça
sendo INCAPAAAAZ de medir a Infinitude
daquele arremesso.

___A poça rosa é Toda um cu,
daqueles de Umbigo.


Rondó Antigo(Parceria com Adiron Marcos)


Deus que te fizeste em Flor: respirandamos
porque também te fizeste História, com
Jequitibás e Paus-de-Ser
cujos quinhentos braços
Enlaçam desde entonces
pajés amigos e inimigos
...
Deus que os homens calam em solo enterro
embaixo dos cimentos:
passamos por entre
Fogos_____
e_____Infernos
pra te arranchar em nosso infante peito.

Por entre Fiordes____
e_____Invernos
de Lesa-Corpus
víamos as próprias árvores fugirem em pânico,
temendo cauda e saltério da Antiga Serpente,
que antes de vir o Tempo
Arrastapeou um terço das estrelas do céu...
...
Deus de flores e ventos,
nós partíamos de guarânias, sem um estancar____
e teus tentáculos açambarcaram sopro de Vida em nós,
milhões de Abraçaramentos_____

e respiramos, enfim, ares de Flor
ares de Com e Por
ressurgentes de-Nós,
novamente achados Filhos e Crias
em devir-Essência.


Canção do Nada e Depois(Parceria com Adiron Marcos)

Minh'alma canta
todo o Nada. Mas agradeço ao anjo
que me sentou no degrau do ônibus, ainda que longe
de Minas e dos carros-de-boi.

Pra refazer o Trabalho
não cabe Endurecer os compassos, mas DES-semear os asfaltos,
jacintos
do Capiroto. Oh rosas - de Todos os ventos - procurem sabedoria
no Jongo dos girassóis, inda que os mares Gurgitem
restôlhos de caravelas tentando nos por Medrôncios.

Oh vós que de Emaús escutarem os Concertos
não tranquem as portas ao Hóspede que lhes acena Abraço,
inda que os deuses do mundo
ofereçam a Prontidão da MÁ-quina, junto dos cavalanos
que um dia soterraram Teerã____

Pois apesar de o "resumo" a cada um Caber
nesta canção propomos Flor e Mistério
e vocalizes Cantáricos
de Jardinezes Abertos.



Ofício de Trevas, n. 1(Parceria com Adiron Marcos)

Matar lagartas colororidas na chuvarôa
e depois ter aflição de si-Mesmo:
até nerém carecia
haver poema na mesa, mas vire à direita em cem metros
quando a avenida acabar de assoar o nariz,
onde inda ontem mesmo existria
um pau-brasil respirando.

Mas como sempre - desque os bisões
tomaram Manhattan -
eu pus na cara a maquiagem Carnégira
de posseiro Insípido do aquário-rim-Solidão_____

dias onde Sempre fui órfão
e nunca subi de mim
como talvez as tardes em Itapoã. Talvez.

Mas esse o pai. Filho das horas,
e dos NÃO-espetáculos. A chuva
pode molhar o olho. E seus pés tortos
de oficina Irritada onde há demora de meses
pra se ingerir um pedaço de Coisa.

Mas ver a vida sendo mais que pau de Fulô
requer sorrisos, e guarda-chuvas.

E que vejas Somenos nos quadros
em que anões matam lagartas Listradas
com uma tonelada de bigornas,
e fogos de dragorões
pueris. Lembrar: a chuva
pode molhar
o olho.


Cantilerena(Parceria com Adiron Marcos)

Manhãgangária, Ribômboa:
acordo assim ver prestação chorada, lagoa escura
isso de ver na subida
que nenhum monstro emergiu de-Noite
pra machadar as pernas do planeta-navio____

libélula batendo os pinos
na janela Implacável, e desdantôntem
perdi meu lugar na chave.

Olho pralém a tempo de ver passar
a malta no pasto-Asfalto
manietando o avô colocador de pronomes,
cabaram-se as vagas todas
em cima dos Jabutis:

agora mais que Nantanhos
o tempo é de homens proferidores
de arvorências Partidas,

cada naco de légua
são ruas desmemoriadas,
palantins de um Sisterema-Charuto
que o Capiroto acende lampêro
com dedo torto_____

ribomboamento de Elérias - aladas -
ripando todas as Tróias.


Desbacorêjo(Parceria com Adiron Marcos)

Roseiras dando-se as mãos,
sangue em réstias de composições:
o olhar cúmplice Maniqueneia cem pássaros
às prateleiras do céu_____

vem ordem dos Três cá pra baixo,
esquecer as vírgulas e transformar em AVES
os últimos vagões de bauxita
vestidos com as mesmas roupas de quando
os bandeirantes fundaram brejo da cruz
sobre carcaças e centenas de flechas -
onde não cabe
o espaço de um sol____

continuamos perdendo em comida
enquanto Crescem eletricidades com pés gigantescos,
cabelão 'sgadanhado, olheiras pêlos
pra Fora:

brotam delas Cagarras a besta de sete chifres
com três erínias em cima, Nenhum sinal
da volta do filho pródigo.

domingo, 20 de agosto de 2017



Instante gerado do ventre-ocaso

(vertente de Tango qualquer)

Ao Adiron Marcos



Saímos duma feira de pedras

Rolavam gritos pela boca dos canudos

Nós de moscadas

Boda dos quinze com Pais pisando pés

E tinta pingando em cada mãe

Olhos no espetáculo culo do aspecto setentrional da bola

Rolando

Matizes de mesas com famílias intocáveis

Não se comunicam pelos feitos de pós

Peças que se apagam

numa rede de um Shopping

Passeio que foi numa mesa de sinuca

Enquanto Tvs ladravam Universais Discórdias

E Diógenes afagava um cão na borda do mato com a esquina da Pessoa

Dias em desgosto indiferentes aos Três séculos mais dois meses

De cabelos negros tolhidos

Escravos salvos pela remissão bíblica

Suspiro de víboras dançantes

-Você não pode perder!

Em...oh poema VOCÊ não sumiu

E agradecimentos de Pontes

Missas que atravess______am Eras sem alimentar nossos Cãezinhos

Pontos de sujeira do chão avermelhando a coxa

Rachados os tímpanos

Queremos quebrar o espelho

e tocar no véu

"Mas o gentio não sabe do mal mais que a metade"- dizem

Célticos vigentes na hora de dormir

Nossas cucas no lago

do Sítio do Pica-Pau Amarelo

Exatamente onde não 'tava escrito

sexta-feira, 18 de agosto de 2017



Cantos do caixão fantástico
para o passarinho no bueiro

(Ao Adiron Marcos)




Nunca é tararde!

No meu fenomenal cérebro
Cheio
A missa despontaruda sai de sapatos oni-impotentes
Das mais bestas surras entre as traças e os meninotes da fonte
São Imagens onde nossa criança
Pulsa
Da mesma forma que o céu desaba
Quando a pele morta revela o vermelho
Assim mesmo do jeito que as 4 horas perdidas nunca chegaram ao valor de 1 hora de vida
Tal como gosmas pintadas de asco
Nos muros da Casa do Mago
Entre o cabelo e o Seja
Dentro das lagartas mortas
Nosso sangue tem sido carregado pelas sunturrosas mosquitas
No bosque anencéfalo
A energia do embrião vibra
Pela Musa e as patotas dos pés
Por sortilégios esquecidos
Matrimônios de pólvora sob a superfície de nossas cinzas
- sapecas do mundo

sexta-feira, 21 de julho de 2017



Sobre a descoberta do aliterar ser pôr do sol

(A Adiron Marcos)

como que acariciando o inferno
girando no O
sempiterno desde a etimologia das Tags
fui no horizonte nada valia de mim

e falando o nada que ventrilocava
deixei quase um botão na fonte
mas a água parecia escura
e os sorrisos altamente roxos

as mãos se repeliam
Vida futura, quem criar-te vai?

acariciando o inferno

trago o buquê de vermes
para quê dormirmos alegres?

se a rima é breve

sete vezes o gosto

o sopro alitera a co
r do instante ainda

quarta-feira, 19 de julho de 2017



Cidade Maravilhosa 2.0

Cena 25. Uma mulher segura um espelho em frente ao rosto. O espelho não mostra nada.

Catete, segunda-feira, 23hs




Gustavo entrou no quarto

Dentro : estação central |19|

Ele acabava de chegar do escritório

De Rafaela



Minha mãe perdeu a bolsa

Ela estava chorando

Também houve |157| quem dissesse

Sobre mães perderem filhos



Seu rosto borrado por cada lágrima

Fraturou o pé, mas escondia

Eu perdi meu |1| caminho

Quando passo em falso dei



Marley, o cachorro, cheirava a dona

2016 é o ano da lua

Ele me disse ao levar minha carteira



Gustavo estava cansado

Perguntou o que acontecera

Ela não respondia



O caminho é caco/ sombra por cima do pó/ maquilagem sobre chorume/ o caminho é seiva bruta/ mas há quem diga |16|que é furto/ estranho



Meu fruto é o filho perdido/ fio imaginado enquanto dormia/ só que invadiram a minha casa/abriram minha geladeira...





Meu filho foi rosto derramado/ penetrado/ Meu filho- sangue, gelatina incolor- não veio/ Meu filho não veio/ Meu filho é um meio-caminho

terça-feira, 18 de julho de 2017



Cantos / em memória de CDA/
Ao Adiron Marcos

1.
Enxárcia se tinge, se embre-
nha na ponta do cais.
O neurônio refletido age
sobre a raiz das Crescências.
Com Chave de minério, poente,
sem perder a paciência,
trava o ato de prendê-la.
Fosse o dia nascido num curral
:
2.
Sem paredes e referentes humanos
Sem os quadros históricos d’antes
A longínqua fechadura da voz
Não saberia dizer se a casa existiu.
O percalço da noite
vem somando timbres.
De raridade às ruas,
de ruas a densos nadas.
O rosto espelhado da gente
sofre sobre a superfície tonal.
:
3.
Guarda a mulher, a colheita do trigo
O trajeto do papiro, redes...
vozes entre cômodos___________
O vértice, lugar desabitado,
esquecido e enxugado entre dedos.
No solo rubro, vermes compõem
o futuro saboroso fruto
Os pés reintegram-se à cor
das mariposas, em silêncio, acontecidas.
:
4.
Tanto as uvas partidas
quanto o bolor dos fatos
)noite(
Se condenam a traduções estranhas
Mas tais frutos correm nas v(e)ias.
A cidade composta de fardos
Traz mudez aos olhos suspensos.

sexta-feira, 30 de junho de 2017



Das Bestas ou do tempo dissolvido no curral vazio


Contaste muito bem os urubus no telhado
Não compraste tudo.
Calculaste no pânico sintomático o valor das coisas (antes de sair com o jejum do Egito descoroado
Os monstros do gasto
Meu sangue é dos que não negociaram
E não tenho outro amor a não ser dos doidos
Saudade é trazer pra cá Drummond quando Tu és o Capitão
Quando sinto o sozinho dentro da pedra rangendo a certeza do gasto dinheiro
Pela lambreta junina
O dia
-O Pânico, atravessado por outro Nome, terá Outra Vida-
- O Pânico, atravessado por outra Vida, terá Outro Nome-
Circulado em mim
Com alma dos pretos
A ''lindinha''
Raiando o passo demais voraz

quinta-feira, 22 de junho de 2017



Lá dentro fazia frio


Frio suficiente

e tinha medo

Três fios brancos I I I

Tive de r

omper meu centro

------------------------------------------------>

O tempo era outro

A casa, com suas pequenas histórias,

Adormeceu meu nome

Não há mais véu ou voo

omper meu centro

r

<-------------------------------------------------

Ritos atritos por locuções perdidas

Revirando meu olho

Nas horas com letras e ossos nossos

O->M->O->M->O->M

r o

mper meu centro

-------------------------------------------------->

(já que a era é antropoc___________

)( não exijo o entendimento

)meu meio e pássaro se abriam

Deixo as vias, pois com imagens



Tuas o mundo foi construído.


Nome do homem



1-Estadia

Mindinho de açúcar: imigrantes e aguardentes

Nos bueiros das Mães-de-Santo,

pequeno ponto vermelho

Antes de sair, bote o sapato

Chamada para a: Religião: Romana:

- fui atingido por um raio 7 vezes?

Há de ter bicharesia grande e pruta

Borbotões de fuzilamento recriando pés

sobre o segundo andar



2-Travessia

Porém, Ahab tinha o “dom” de não pensar

Morremos, sugamos aparelhos de nossos tempos

mofados, mais do que mistos e apreensivos ventres

- eu me jogo, baleia que tudo destrói!

Colhemos as frutas dos territórios lusados

Desde o sol ao quadrado nas esquadras

Reina o abandono (do) sentido

Imagens regurgitando o passado redescoberto

Inegável punhal cortando as varizes



3-Maré domina

Aos ratos doentes, o que é indicado?

Antes de dormir, apague a luz

Cenas repetidas por taquicardia e desinência de pós

-Assim, entrego a lança!



4-Fight

Cantando na estrada ou na janela da madrugada

Fechamos a porta dentro da noite

Parentesco que existe entre essa intriga_

Até vergonha da vizinhança

E a fome se igualou ao valão

coisificando a imagem Santa de Narciso

E não tentava mais nada

...Sono do dia sem Independência





segunda-feira, 19 de junho de 2017

O que se contenta
No frio largo
Dentro do forninho
Se imprimindo em horizontes
A cabeça aquela na rota do
Indizível
Fruto de montanhas curiosas e amenas
Surgindo do sol
A chama que coaduna o tempero de outros alicerces
Ela que deseja superar as contradições
Atravessa no tardio canto
O último emboloramento da bomba vermelha sobre
A Família feliz de Le Nain. ..

sábado, 10 de junho de 2017

(oi da gente quando em Bach)

a poesia não morre, se transforma
afronta ao medo
ao silêncio ou à multidão de signos
a poesia não morre
tão absoluta quanto uma palavra de honra
ou a constatação do amoroso tato
a poesia cravada na pedra
em que os amantes se beijam
a poesia não não morre
nossos olhos mirando o sol :
ainda que o dia já seja noite
a poesia não morre

quinta-feira, 25 de maio de 2017

[Pílula de iodato]

Diga ao acordar sobre a dobra da memória : entre se fazer carne, dança de wikihow e espírito da flor
Da cor dada ao dia. 
Daquilo fora do nexo e mais feliz possível
Diga às rasuras do tempo e ao paralisante mudo centro
A dispersar imagens, sobre o espelho viscoso das sílabas órficas de um mar
Vadio
Diga por ombros :
-linguística a ser interessante
Dor em Lobos-Villa
Mito de música
Engendrado na insônia de atacantes desapontados distantes
Saiba do vento da voz
Ou da própria necessidade
Assim, ensaie um risco e deseje
Que a corda seja cores
Junto à dobra
A mulher do fim do mundo

quinta-feira, 11 de maio de 2017



<<<Licença em coletivo e os todos biscoitos 'manteigados>>>

Enlameada de possibilidades
Tingida de Dark Room
Apalpando insetos
E cisternas
Numa outra
Sala-dinha
Pressupostos teóricos afagam
A minalba, porém esquecem da nuvem...
Berro no ouvido:
-Quantos gêneros tem a sua sorte? & qual lacraia tem nosso buraco?
Eco da dor
Do virar de paus e vale(n)tes.
Duvidei de mim__nas cartas
Me despi de ti
Nesse despedir,
Mais me repeli
Pouco do que ouvi foi
Anel de ar. ..
Címbalos de olvido e slides
Houveram
Afastam
Zonas de contato
Até que a "Caverna do dragão"traz de volta o
unicórnio do Tempo.
Hall de misérias
Macaquear apitos
Ingerindo ratos
E tocando unhas com sopas.
Revirando sentidos das
Frases.
Ceifando
A Minerva e o verme ou ver-me
Apreciando, do ocaso,
Apenas metade.
Chegando sem meta
A um fim_____
De nada.
LUGAR de SIM
Ou de Se
Ou de Si
Percurso de ritos
Atritos por locuções
Perdidas na mente
Do centrifugador .
Raiz cúbica ou de X do fugir
Na fome de bicicleta ou
De um verso que no reverso -é-
-e- não se acabou______

sexta-feira, 28 de abril de 2017

? There's a silver song of lonely treasure riding on a bicycle with a pair of wings
There's a coloured soft swimming table shouting large stories to those cherubins

sábado, 22 de abril de 2017



"Esquecer do eixo. escoliose.
Veja a hora em que nascemos"

2.
Pálio desarranjado , formigas carregam unhas
Função de senos resplandecendo a zona de cristal por sua curva.


1.
Mais do que antes, zonas de contato entre símbolo do nano
Reconfigurando a estática sensação do abandono de nós

5. Hiper zonas de contato que se aniquilam sem procedimento claro
Erogenia da situação ao vento
Face em oculta admoestação

3. Louco$. O que mais fazer para não prendê-lo?

6. ___SU_____

4. Procurar a razão: dançar na chuva

sexta-feira, 14 de abril de 2017

então descobrir o Sertão pelas cavernas de sua passagem aí,
nesta sua idade
se puder beber água, por você, esqueci meu nome
vc era livre
(não que não pensasse, mas havia sentido no afunilamento)
-há céu batalha de nós, cordas gigantes espaços em que eu não sabia informar, hoje, paira a saliva na sensação do NAda
_vc era livre quando esqueci
_hoje o nada tem tudo quanto é coisa inacreditável

quarta-feira, 12 de abril de 2017



Tenho a contração de lápides

Por não querer esperar esperando

Deve ter os meses desagendados em paassos largos
Sem machados

Eu que esqueci meu nome na pedra
E o fóssil se perdeu
Na caverna do Dragão
Irrigando o assombro por hora pós-teoria
O gesto um senhor
Estranho
No entanto o contínuo presente
Que é concebido
Finge três cristais
Sem a cruz e espada
A história não tarda
Bolsa de erros
Espantalhos
No vento tingido de azul
Esperei a volta de meu nome
Talvez.
Pensei, fosse os restos da terra
Nas obras
Mas não fazia sentido
Eu quis olhar cega
Por que não ler?
O tempo, a cegueira branca
Nossa raiz , o raso das funções
Teimar entre
A luz
Depois veio a sombra
Perdido o guarda-chuva
Quem dera a mentira sugasse
Aspirando a máquina de raios
Sairia a perna como a vida
Dos sacis.
Presente em folha___
?

quarta-feira, 22 de março de 2017



Nome, leitor, sentir?


Na minha rua, às quase quatro da manhã, voam vagalumes , pois, para eles, os relógios quebraram e há silêncio. Como os próprios pios do Cronos afirmam, nossos lumes vagueiam entre um abrir e fechar de olhos. Geo-graficamente, em garranchos indecisos. Certo que a lentidão da existência poderia ser repensada a partir do momento em que as lesmas adquirissem asas. Pretendo, portanto, com este proto-significante adentrar o símbolo condensado em meus cinco dedos. Perceber que em cada espaço entre carne, dedo,cor, parede, pedra resistem as brechas inomináveis, talvez variáveis patafísicas. Algumas tensões retiradas antes do flash, por causa do lance sinestésico, me levam a crer que as palavras mais densas , carre-guardadas, podem , sim, se repartir até virarem pó.



domingo, 12 de março de 2017

Depelpe

Servir séries de serpentes
Em olhos de coruja
Perder a voz
Desde que
A neblina
Lhe embalou
Os Pés, (x 2)
A toca reabrigou o sono
Vivíamos num jardim
Onde o corpo e mente serviam (de)
Sementes
( + silêncio - urubus no seu quintal)
Para conseguir retornar o aroma de café ao de camomila
Assim , a sinfonia transitada pelo Sim____

sábado, 11 de março de 2017



Algo marítimo
Do azul com Ismaelrelo

A Adiron Marcos


O que posso fazer é
Água em mim
Coisas distintas estão passando
Passam sem cessar pelo túnel
Do espanto.
Coisas sem cessar cantam
Com eros
A fábrica que origina até as repetições.
O impelido e o reprimido.
Sei que a fuga
Deu luz à água
Quando sua garganta precisava
Da dança
A de outra vida
Que começa com todos os pés
Tortos_____

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Um momento como um toque de piano unindo-se aos estardalhaços dos saberes do mundo
 Enquanto um javali desfila na rua.  Com a trilha de um vindo poente. Sem desfecho.  Momento de desestabilização.  E muito abandono. E mesmo o preenchido.  Aquele ente de fogo. Sente a espessura da pedra.  Quando se pisa no asfalto quebrado pelas raízes.  Somando o tempo que levaram pra crescer Girassóis até o momento em que todos puderam ouvir aquela música,  as perpendiculares da rua se distanciaram em dobro.  Para que cada esquina fosse o encontro com os nossos pés.

domingo, 19 de fevereiro de 2017



Meus ossos também derreteram com as feições da mula. Meu discurso se perde na fiação de gato. Meu estilo é desconhecido

E não me dá orgulho isso. Provenho das centenas de emparelhamentos.

Não me encontrei nem no buraco do deserto Norte. Minha voz se enroscava no cacto. O bolo que fiz em criança despertou contigo os anjos do lugar distante. Sem nexo e filtro. Cortei a embarcação e ela começou a afundar. O meu lar não é o seu. Nasci na esfera crítica da roupagem repetida e da depilação contínua. Torcendo por tornar meus pés menos propensos a me doerem. Soltar soltar os pássaros das gaiolas. E correr pela rua com os cachorros

- nós livres.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Atravessaremos
Eu atravessei
O deserto de formas
Pela ideia contínua da bermuda
Onde seios de falanges se movimentam na nova escolha da rota
Pra amenizar o atraso
O corte do filme
Do cabelo e da demora
Pra que seu dedo sinta-se bem
Na convivência com o corpo
Cores- espaços em mutação
Renovar o Pensamento era a esperança...
É dentro das possibilidades
A Francisco Bicalho ressalta o poder de outras Estações.
Não entendi quase nada

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Manifesto da pedra (ou de como Sísifo estudou, sem cessar,  o peso do minério no quadrante de João Cabral)

Quando andar sem roupa for mais comum do que andar com roupa. A culpa da instituição religiosa será desconhecida. Paredes serão estruturas praticamente extintas. Os nomes terão outros significados
Poderemos nos interpretar por outros signos.. .
Os estabelecimentos de negócios, as lojas perfumosas e caras se desfalecerão, e as dobradiças vão desmontar sob os gritos da tempestade e o cricri do grilo-


Pés
Tor ↑
Tos↓
Placas divergentes
Ela
Que não se candidata à vaga
Porque lanchar
O sol deve
E a retidão da cabeça com céu


seu dom,
Caminha


Muitas coisas ficam dependuradas nos cabides dos seus quadros. Quando se sente cheia de resoluções incompreensíveis
E a respiração vale mais. E mesmo assim, o mundo que aceitamos ou não contemos o suficiente , não mudamos um pouco que seja, preza por uma vida irrespirável
Tóxica fulminante de estr-

abismo$


Nas esquinas, infindáveis pares de Edelweiss, rompendo as estruturas , vão. Nas quinas dos bares , convulsão de caules sob a névoa da ilha de calor. O ônibus freia. A planta, regurgita cem sementes originais de um outro Canudos. Parodiando a volta do não horário de verão. As estrelas lacrimejando se montam em arranha-céus só pra verem o homem esquecer da vírgula e desvestirem o verbo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017





Promessa de praia
-nas ventas-

(cantoria a Rilke e Wislawa)



Pé de avé, de bruxa, saci : o mati-taperê
Hoje faz três dias que meu corpo percorreu
o espaço circunstancial das vias, por horas a fio____________________
Os pés sentindo a f e n da das paragens
e dentro do sexto dedo- a invisibilidade das horas
<Tingindo os pensamentos
<:seus entes de chumbo
: pessoas e grãos
Circulando os traços do oito infinito
Imagina aaah

Dedo sexto sentido
& eu rindo
desejo dele o
aprender sobre o que vivo

Muita mentira
parece haver
em país,
Onde o Sol racha
E os escritórios
O amenizam.
Mas o problema não é o Sol.
Repitam comigo.
Mas o problema não VEM do Sol.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017



Mati-taperê



Saio de mundos, toUpeiras
sou Sem-fim
quando o verbo faltou ao teu colo
as brevidades se tornaram estado de espírito
pulei no mato
com paus-de-ser
sassaciri can cado du lalalaô
promessa de praia nas ventas
retorno da areia pro tatuí
jorrar tua fronte ifigênia
calabouço das horas
donde os moços
moçoriquitos já vumpicarandaram
teu sangue pra coleta do amanhã
saio da noite inconclusa
pé de ave, de bruxa
ou ente mágico
sem o fi____________
-Rodar gerações de Ós na turbina dos Cataventos
-o quadril a quadrilha
Nomeações do almoço
Ou da fome de mundos dispersos
Quem consegue o pequeno sutil do dia, poderia transpor
A realidade que tira a comoção
Surrealidade para o nenens em crescên_____cia




1.1

Desci a serra

Os pés pra trás

Lamparinas acesas jorravam

Teus braços
Tubérculos
Da raiz_ponte
Vazia





1.2

Calma

Sorte dos ventos

Que arrastam tatuís

À Iracema

Tapados os olhos

Com fibra coral

Há tinta que chegue?


1.3

Sacirimos pelos cloudfins

Minha maré gigante

Irradiando seu nó

Para a carcaçada

Da tribo retida

Anexar pupilas

Suas flores

Cata V entos

Não os abandone!


1.4

Retornar

Viagem às figueiras

Tatudo justim

Ciodanhoite


1.5

Tratado da rede






Saio ____a rosa pedaços de chumbo no teu rosto.

Rosa dos Passos

Dos Tempos Passageiros.

Da fumaça no olhar.

Da chuva na epiderme.

Da fala rente ao peito

E do enxergar mais-que-perfeito

Claridade madrigal

Um solo na sua têmpora

Rompe a fadiga do asfalto

E DESCOBRE

o quinto do Sim


A liga da boca Ventilar fungar as ventas
As sempre-vivas sabem desta existência mais que a metade. Quando os corvos passaram por Van Gogh pode ser que os campos -eles se abriram.
Minha tinta de nuvem. Pingando de sangue.
Meu olhar na poeira. No dinheiro , pelo convulso. Cada perdida saída. Um encontro com ocaso, que ri em sua forma de centro. Espelhado no quinteto Villa-Lobos sob o espectro das leis humanas.
Cada jogada da bola bate na tua testa como na infância. Em que tia da escola faz chacota das possíveis menininhas serem lésbicas. ) pois é (

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

''Toda interrogação é resultado de uma
exclamação anterior"
Alberto Pucheu falando sobre a poesia , vida
escuta, eu percebi isso nuns lapsos
como se o que eu fosse falar ou perguntar já tivesse uma afirmação anterior, um caminho traçado , uma linguagem que foi silenciada, mesmo pulsando , a pressenti, mas não a apreendi, talvez ela muito leve para o peso dos corpos, por isso seguir, mesmo perdida, não se está por completo, a reminiscência de uma voz que te so__p_r_oU

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017



Problema do miniuniverso
(((A Adiron Marcos((((

Na jugular do tempo
retiram
procuram
Tirar do sangue a tinta
O cinza amanhece indiferenças
A luz que muito denuncia
Hoje faz ver
Planos de muros
Concretas separações
Toque este fagote
Cadê Satie e Cage
Pra mostrar
O amor
Nas quintessências?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Nesse entremeio
Três pedaços da minha boca no tubo de ensaio
Cinco camadas da pele na ebulição dos fluidos
Meu coração estirado ao longe
Seu centro imprensado na fenda da rocha
Meu olho direito naquele monte de terra do -Parque Nacional do Grajáu?
Meu olho esquerdo cortado por estranhos seres de asas que sobrevoam a avenida Brasil...
Minha mão retida na água do Xingu, próxima à cabana do Sr . Antônio e de seu não filho
Minhas lágrimas dispersas em vindas nuvens_______

terça-feira, 24 de janeiro de 2017



Denúncia


Minhas unhas puirão junto às roupas. Rezarei sem cessar junto aos címbalos da história. A agenda baterá suas asas, revelando os gestos do ocaso quando na busca do sol restante.

Todo o pó será de fênix.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017



Poema ou problema de quem chegou a fazer teatro e ainda não Romance (para as horas vindouras)

Segundo a gota,
A hora também cai
Segundo as notícias mais espetaculares,
A gente cai pra trás ao quadrado
Segundo a poesia,
A gente cai, mas é pra frente
Segundo a teia,
Aranha se prendeu no sono
Segundo o corpo,
A gente cresce com nomes
Segundo a mão,
O cabelo molhado, ao secar, cai ao triplo
Segundo o pedinte,
Nossos olhos são moedas
Segundo o dia,
A noite é insuficiente
Segundo o complemento nominal da necessidade,
A neve não é bem-vinda ao Brasil
Segundo Trump,
o mundo
É sua caixa de brinquedo- war?
Segundo a Luciana,
ela está perdida sempre
Não importa o que falem,
O que ela faça,
O que aconteça
Segundo a/o segundo,
a vida é um Absurdo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

No chão , o poeta ( pateta )
Assistiu seu irmão
Aquele de cinco nomes proveniente do ano passado , inconformado com cem pés.
Sua irmã medrosa de um olho só, por acaso, estava na penúltima cabine do vagão, este partindo rumo à Estação do Chafariz.
Todos seus olhos se arregalaram
A herança do self-made man
Lá, os seis humanos se banham, logo na hora do dia-meio...
Conversamos sobre a superação do pragmatismo e a ventura do imaginar, por meio do silêncio. Vagando. ..
Talvez esti V esse em outro lugar. Agora mesmo. Meu olho me pôs em disco rígido. Fui ao longo dos anos. Tantas gelatinas. ..
Na curvatura de nosso sapato furado residem os espasmos.
Sensações renitentes pra feição futura.
Dizem que rugas são provenientes do blasfemar.
As inverdades que os desculpem. Corrompidos todos. Demoram sua quarta parte de vida, atingidos por rítmicos raios.
A beleza é que são de algodão doce. Raios de algodão. .?
Os sinos tocam tarde.
Nossa estima aconteceu primária.
Rebobinando a fita se tingem as esferas epiteliais.
Sorria.
As ironias carregam as formigas. Participaram da prisão só pela metade. Saíam pelas frestas. 10hs: No lombo dos pássaros.
Quando te disseram
A escova de dente já deixada
Disseram pra sentar
Acalma-te!
É o sangue que cai_____
Um dizia que amar era /folha/
E isso aumentava sua cabeça
Mas aquela menina dizia que amar era /sombra/
Sua cabeça se estilhaçava
Baseada
No desbunde
De Ana Cristina
Tais configuramas
Invencionices
Revelam nosso olhar
O amor de eixo vertical
Indo na linha curva da esquina estreita do Largo
Virando na sudoeste do Cabral
Pairando entre o teto e a lixeira. Entre o sulco e o suco do fruto.
Amor está para caos
Assim como egos estão para rupturas
/som/ vezes /teia sobre a janela/ igual a /aranhas duplas sobre seu dedo/

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017



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vejo certos versos delicados e brutos num lugar que voa.....


ouço esse trovão


não sabem da minha demora?


vem da tristeza mais que da ansiedade?


a criança que parou de desenhar com suas canetas coloridas especiais ( azul-roxa-rosa-verde) e olhou pra janela dizendo


"é a Vida" é essa


peito pra fora


''o que estou fazendo Aqui?!"


um branco no cérebro, apesar dos repetidos detalhes


sua respiração


"Não posso, não posso________________________________


viver como natural, logo me esqueço......e esqueço que consegui viver porque eu cheguei a me pressionar pra depois não precisar um pouco..."


sua voz me pareceu malemolente


e você sente..........


você se matou


Varrida


Veste elástico

Sonho

, Toby?
Teu sorriso é real !
Deslocada num volta e vai
Abraço demais profundo
Abanamos, os animais.
Suor
Com cheiro bom se engana
E o depois força no antes
Do ao mesmo tempo
comer as folhas que viram vum
o pensamento de vento em pó.
Mas sempre na pá
Cingem
As figuras da sua vida
Aquilo que agenda
Jamais encontrou

domingo, 15 de janeiro de 2017

Vitrine

Fazemos visitas guiadas ao inferno
Abram seus olhos pra fora
Todas as telas
querem te ver
A herança do
Self-made man

E os urubus no seu quintal.
Caminhas saltitante pelo Meridiano de Greenwich
|
|
|Como quem superaria gosma do nariz
Aliviaria o peso da bexiga
E tomaria mais conhecimento
De flores em suportes de granada
Um nada provido de luz
por gente atenta e mãos ligeiras
Estudo pra se acordar sentada

Os sonhos vêm das nuvens tingidas com aurora mista do céu zinho

Nossos olhos são da mesma
Substarância do ar
E nossos anseios,
Eles são filhotes
Crias
Dos cantos
Dos pássaros livres

Nosso sangue
É mais forte
Que os concreto$s e argama$s$sas
De Odebrechts
E Brecht
É como música
Seu gesto
Mais singular
Um xadrez
Sem peça presa
Nossas roupas
Completamente ao vento
____________da história.