''Ruínas de Selinunte'' (1950), Gregorio Prieto
Eu-nosso desmedido
Vivos corpos que soerguem o tempo
futuro com as vestes do passado
Chave larga
Fechadura minúscula
Fina realidade reduzida a pó
-vive o luto
-sente o luto
Caminham no entorno arruinado
Densa mortalidade compondo
A paisagem
Edifícios tomados pelo mar transviado
-suporta o luto
-carrega o luto
Corações despedaçados nos escombros
Espaço tombado da catástrofe
Sílabas pétreas desafiando os dados imaginários
Linhas e dobras viáveis para recomposição
Procuram-se, organizam-se
-atravessa o luto
-enfrenta o luto
-supera o luto
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