“The swan nº 1”, de Hilma Af Klint
Salto os olhos pelas páginas
e em Cada degrau
da estação tardia
Partida, partira, partiu, vamos?
não haverá mais tempo
parto e entrelaço minhas mãos
surrupiada manhã
esquecida por mim
no asfalto das eras
Diabo-lógicas
Deixaram o bilhete no chão
“nos beijamos amanhã”
“Até”, digo eu
Extraviada dos anos
desconhecida a matéria
dos sonhos por vir
O vagão vaguilongo vagueou
em meio às bombas
Instantes imprecisos, mas
floreando as ideias, pois você torcera
pelo branco das nuvens
ele a viver na paleta do
espírito e, ainda assim, deseja
sua trama em comunhão com a queda
manifestação férrea e sem rédeas,
em si, purpurizando a cadeia de acontecimentos
dispersos__ sem terra
Assalto minhas certezas
deixo o interminável tra(n)çar
caminhos
Meu irmão sonoro, o vento
balbucia folhagens pelo espaço
toco a memória
do fogo, carambolas em compotas
desligada dos trilhos
em meu corpo
cada mito –
côndria energiza e
ritualiza a etimologia
do sol
Lanço-me à dança
incerta
à crueza do
chamamento longínquo
Captar o
Átrio,
ser em todos os
lados
a miríade
Do sim
Mitologema
a percorrer
o real da via viva
Vida Espessa, expressa
espessa, Expressa e vibra:
minha peça,
nossa era.
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