sábado, 25 de julho de 2020


Kazuya Akimoto .:. "Dies Irae (Day of Wrath)" .:. animism .:. 2008_ recriação ecfrástica
versão 4- Haicai final



Dia da ira adormecida



O luto é um vírus
no útero vem (O) Alvorecer
desperto luZtempo





sexta-feira, 24 de julho de 2020


Kazuya Akimoto .:. "Dies Irae (Day of Wrath)" .:. animism .:. 2008_ recriação ecfrástica
versão 3- Haicai 



Dia da ira adormecida



O luto é um vírus
no útero vem o Alvorecer
desperto luZtempo






Kazuya Akimoto .:. "Dies Irae (Day of Wrath)" .:. animism .:. 2008_ 
recriação ecfrástica, versão 2 - reduzida



Dia da ira adormecida



O luto é o caminho que não vem.
Sai do vírus, entra na garganta, se esconde na sombra da gente. Late no Absoluto alvo. Luto no luto sem uma Palavra altiva e O luto desce até ser gerado em
outro.






Kazuya Akimoto .:. "Dies Irae (Day of Wrath)" .:. animism .:. 2008_ recriação ecfrástica



Dia da ira adormecida



O luto é uma coisa . Que escuta. Que para, que olha. Que não pensa no caminho que vem. Se vai dar, nos olhos, o vírus. O luto é coisa que entra na garganta, se esconde na sombra da árvore/ sobrancelha da gente. Late e corporifica o Absoluto alvo. Luto no luto sem uma Palavra altiva suficientemente definida. O luto desce até o útero. E espera o tempo de ser gerado em

outro.


" Banco de trás" (1982), Rubens Gerchman.
Diálogo ecfrástico. Versão 3_ com maior redução.


Acorde do Violetempo

sentamos Aqui,
é-uma estação subterrânea
raiz latente dos cabelos
de kafka morto
semoto

silêncio
                   homens :
  p        o de ser só 
só hoje que
estamos aqui 
em cima      do c e       
lividez  d  e e s t ar em S i  

c o m o q u e m s e p e r d e u
p or ser ti gre
é-uma coxa e é-uma mão v i o l e t a

o tempo não pode roubar
As noites verdadeira s
 água ~ ~corrente ~
 sibilante

estranho
transcendem os dias
morrem
para se tocar
paisagem nas mãos
: projéteis luminolâmbidos :

sonâm bula se
transmuta no Verde-Lê
béèni vindouro traz
o nascer do sol vagindo
vidas sangrentas
Verde , te quiero
no seu olhar

las cosas le están mirando
água co ~ rre n ~ te
vagando e numa pequena praça
te encontramos
_para sentir o que é o Abraço?

e não me surpreende
que ((você verá
o caos
que ((não tem fim
durante todos os dias suspensos
e carregados pelo caracol
...
/O/UnícOlho no
 lambe-lambe d'esquina
é apenas de
/Kafka e de Art
aud/

" Banco de trás" (1982), Rubens Gerchman.
Diálogo ecfrástico. Versão 2_ com leve redução.


Acorde do Violetempo

sentamos Aqui,
é-uma estação subterrânea
com expressa valia em cada órgão

talvez precocemente mínima
da raiz latente dos cabelos
ao travesseiro de kafka morto
semoto

silêncio
                   homens :
 barrancos
  p        o de ser só 
só hoje
no dia de domingo e de amanhã

estamos aqui 
em cima              doce
lividez    d    e e s t ar em S i  

c o m o q u e m s e p e r d e u
p o r q u e r e r ser tigre
é-uma coxa e é-uma mão v i o l e t a

o tempo não pode roubar
As noites verdadeira s
 água ~ ~corrente ~
 Seu ocasional brilho 
até ser permanente

algo de estranh'arte,
os dias morrem
transcendem
para se tocar
paisagem que
traz nas mãos
: projéteis de luzes lambidas:

sonâm bula se
transmuta no Verde-Let(r)a
béèni vindouro : quando
só quer dentro desta noite
o nascer do sol vagindo
vidas sangrentas
Verde , te quiero
sem o porquê
do seu olhar

las cosas le están mirando
água co ~ rre n ~ te
vagando e numa pequena praça
te encontramos
_quantas mãos não guardam um
pensamento de Sentir o que é o Abraço?

e não me surpreende
que ((você verá que é mesmo assim
o abrigo da noite seja o caos
que ((a história não tem fim
durante todos os dias suspensos
e carregados no casco do caracol
...
/O/UnícOlho serigrafado no
 lambe-lambe d'esquina
seja exatamente de
/Kafka e de Art
aud/

quarta-feira, 22 de julho de 2020







 "Banco de trás" (1982), Rubens Gerchman.
Diálogo ecfrástico.

Acorde do Violetempo




Aqui,
a expressividade orgÂnica
que caminha neste passo
é-uma estação subterrânea
precocemente mínima
da raiz dos cabelos
traçada e
saboreada
ao descanso do travesseiro
nos olhos de kafka morto
semoto

                                                                  silêncio
             passam                   homens :
                                                lá                         acima           barrancos

hoje, pode ser
só hoje
no dia de domingo e de amanhã

estamos aqui com qualidade
em cima
do macio
estar
em si

c o m o q u e m s e p e r d e u
p o r q u e r e r ser tigre
é-uma coxa e é-uma mão v i o l e t a

                                   o tempo         não              pode roubar
o                                                 que eu                  gostaria
o                                               brilho opaco das s noite verdadeira           s
água                           ~                                 ~corrente              ~
e não te abandona

algo de estranho,
pois transcendem e
os dias morrem
transcendem
é-uma arte pra tocar

paisagem
traz nas mãos
que trabalham livres, elas
projetando luzes lambidas

sonâm bula se
transmuta no Verde-Let(r)a
hoje é elo
pra se
jogarrr

                                 quero dentro                             desta noite
o nascer do sol                                                        vagindo
                        vida crua e sangrenta  ,   mas sorrindo
sentir o          verde                                        porque te quiero verde
sem                               o porquê

e descreve                                                        a vida com o seu olhar

las cosas le están mirando
água sendo presente
poema do
pingente

vagando e                                                 numa pequena praça
 te                       encontramos

e não me surpreende (o fluxo(
que
o abrigo da noite seja o caos (  (
que
durante todos os dias suspensos
e carregados em nosso casco
de caracol
o olho do lambe-lambe
na esquina
seja
exatamente de
Kafka e de Art
au
d

quarta-feira, 15 de julho de 2020



"A noite estrelada'' (1889), Vincent van Gogh. 
Diálogo ecfrástico



Poemar das chaves perdidas II


I

no tempo de perdas
      O pássaro
se atreve a pousaR

II

sim

III

me desculpa
                    O quê posso fazer?

                L
                  e
                 m   b r
a                                 n
                ç          a


&

Fu.               Tu.             

            R
             o

IV

Sinto muito
E o
Quê
            p o s s o
fazer
                           ~~~~~~~        ?
Rasgar os

panos e dar mãos
 
a
O
                   F
                 U
                          t
u



           ......
R

                                             o



quinta-feira, 9 de julho de 2020

Sinestesia orbital

Palmilha os verbos celestes
caça o letramento da noite

foram cem mil anos de
solidão-luz

Agora, são dois pássaros a Voar
e carregam o mundo do sono

galáxias ouvintes no Eterno
instante do esquecimento

Agora, jaz nas mãos
o diâmetro do tempo gasto

São dois pássaros a Voar
habitando o silente espaço.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Continuação>> Série: Correspondências Poéticas, cartas para um futuro


I

 (07/07/20; 23:15)

Dizem-me
Baile do Covid



Eu não sei bem
como é

vi à distância
                        n'Outro fim de dia


É um tempo de guerra
é um tempo sem sol

como cantava, Luzi no teatro, no Arpoador


II

E te digo:

como é digno de pena
, repugnante é perceber
 _constantemente_
pessoas que
precisam se sentir superiores
menos-
pre-
zan-
do os
           outros.

Continuação>> Série: Correspondências Poéticas, cartas para um futuro


I

(06/07/20; 23:40)

O líquido amniótico
das palavras nutre
o sentimento de
estar viva.


II

Escrevo-te para desdizer o fim
e
Investigar acerca de
Tal estranho fato que
me veio após lavar a roupa
na mão,
como as "Galáxias", de Haroldo de Campos,
"(...)onde o fim é o começo onde escrever sobre o escrever
é não escrever" : ESC, eScfrAsE, écfrase,
quero dizer-te que, sinto, não há fim
para um
Novo começo
...............................................................................................
Continuação>> Série: Correspondências Poéticas, cartas para um futuro


I

(05/07/20; 18:48)

Te escrevo como alguém que suga
o cActO
O desejO de saciar
a vida
em meio às
fronteiras
es
ta be
le c
i d
           a                                                                            s

Continuação>> Série: Correspondências Poéticas, cartas para um futuro 


I

(01/07/2020; 10:58)

Escrevo-te neste tempo nublado
Parecendo que
O sol habita a linguagem
Como se 1+1
Desse em 7
E uma semana significasse
O indício
do presente redescoberto.

Série: Correspondências Poéticas, cartas para um futuro 
_Luciana Quintão de Moraes





(26/06/2020; 15:02-15:06)

Escrevo-te palavras meio
desarranjadas como alguém que
chega em outro apartamento como
se ele fosse casa
E está a tal ponto de almoçar
Porém, antes, irá
se desfazer do mau cheiro de
queimado
Novidade que se impôs

Palavras que se deseja
sem serem certas
Apenas vindas primeiramente
Mobilizadas pela ventania de uma
madrugada em quarentena

Elas formam elos
Definidores do real
E tudo o que planejei dizer-te
enquanto eu chegava aqui
Ao novo espaço
Se volatizou
Com
O poder dos ares invernais

_
Lavar as mãos


II

(15:23)

Ainda, te digo
Escrevo-te
como quem varre o chão
bebe água
ou sente o sabor das palavras
Como quem inaugura o Momento
de se perder
Ganhando






sexta-feira, 3 de julho de 2020



"Black Orthographic Projection of a Tetrahedron'' (1964), Kazuya Akimoto.
Diálogo ecfrástico.

Na ponta do compasso com transferidor ou
Mensageiro da noite

Triangular fatos    
   Tetraédrico solo                    Soma trina
de                                                             Hermes
       Regendo                                 estradas

Não me diga que
Hoje já 
morreu_

Eles-nós
Os esquecidos
pela nuvem
de março
Filhos dos filhos de Atlas

~isolated~

A partir daí [breu]
Objetos absolutos do
____________nada

~you are with (the) time~

Gritante resignação como
uma febre que
Trai a
Angústia

.•. Plêiades no céu .•.

~you are the time~

Pois uma já dizia
-sou forte-
Aprendo a cair
-para o luto-

Aprendendo a cair
Ir, com notícias de outras
Ilhas

~isolated~

Entrementes
as histórias se apagam
 e aumentam 
Com os números

A imaginação para o c
O r p O que
->v e m:
nos ciclos: extremos

<-insurrecto
Sim, continue
Em busca do tempo perdido
para ser
lido:

Letra por letra:
para não esquecer que
antes de /tudo/
Hoje existiu.





quinta-feira, 2 de julho de 2020





Música varrendo erros  (para Adiron Marcos)

Fomos desenhados
para o sono
para a queda
para  a reparação

.../..../
Mar, as imagens carregando
os caminhos
Espiar a luz seguindo para o mar
Deixar , ser, cantar

.../..../
Fomos desenhados
E
na cabeça
,
a ideia do tempo
(para nascer)
sem horas