Imagem do Pinterest - Autor desconhecido Janela semiaberta (recriação a partir do conto "A janela", de Lygia Fagundes Telles) Ela está no interior do fruto no sumo do acontecimento no suco presente ela é o próprio desejo se bebendo e se tragando na cinza das horas Ele gira em indagações filho do fruto era o filho da árvore está vivendo o passado num dia em que ainda era pai A palavra é parto das roseiras descalabro do silêncio dados suspensos no ar os significados em suas mãos Se houver um passo em falso deixamos de ver a janela esquecemos o tempo e perdemos de vista o nome dos objetos: insano instante Se cairmos no chão como uma Rosa toda delicada ou uma fruta podre de vida sumarenta de algum modo estaremos com eles: quase entregues, entre a reflexão e o ocaso. |
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