[poema em diálogo ecfrástico com o quadro “O semeador” (1888), de Van Gogh]
As Labaredas de fogo do sol
querem nossos corpos
(pós-destruição)
tingidos de vida em leve toque de laranja
Amarelo azul anil entre outros tons verdejantes
Toque pontilhado em
cada membro
que se esconde à sombra
de uma árvore envergada
segue Desejando todas as chamas
As chamas que desejam
nossas culturas
em crescimento
Sazonal
para floração
matinal
na paleta de tintas
Sementes coloridas
E clari-enfáticos
Violetas derramados
num fim de tarde em brisa
querem recompor o breu do presente
com a retomada do brilho
Incorpóreo
que paira no movimento
Humano
A Tarde cai
trabalhando
contornos de silêncio
nos olhos recônditos
E quem a vê quer
dar nome
e chamar
Amanhã
de
⠀⠀⠀⠀uma
⠀⠀⠀⠀⠀Clara
manhã
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