Florada silente
Escrito hilstIano pela vida à la-ranjeira
endo-lírica flor de proteção
qual cor ignota guardada, fito-lhe
entre o doce de ovos e o amargor ficcional
uma realidade afiada e fértil vai no corte
esperado, no fio de sílabas enfim sal-
tadas, nos vórtices fadados ao verbo da carne
Após um rato, um verme e um rato e um verme
de tudo que ficou um pouco
nosso tempo partido
vamos, visitantes que somos
trazemos o particípio do silêncio
e a transigência do agoraaaaa
Esculpidos nas mãos para ser som
Tu me têns, tu me lês neste invariável
espaço de migrações
Tudo que há de fluido no ar
o tema do encontro do teto com o dito
acima, abaixo, no ir e vir v i r e i r
expelido em saliva de tintas mescladas
o eterno o anímico transmuta
em prol das matas sem carbono e Bosto
nas Línguas e no caminho de gerações:
são vidas parentes ao sabor do vento
é o sangue correndo atrás dos verticilos.
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