''Los orantes'' (2012), de Iris Loza.
Sim
meu corpo é uma casa por onde passa o vento
também é terreno baldio onde cresce a grama
meu corpo é um Estado desguarnecido
campo mandálico cristalizado
esta parte que o tempo apaga e uma
outra que não
é meu acompanhamento
que semantiza o dia
atrai abelhas
perde o mar
e com ele sonha
em silêncio
sonhei
que era a realidade mesma
respiração entre o ser e as coisas
o corpo no corpo
recriando milhares
tecido no tempo
rastros de sol
na fogueira do dia findo
sem falsidade
ainda, é sangue que escorre por cada po-
ro seu teu cada nosso um meu
terreno
com espinhos
ranhuras
e uma flor amarela na calçada
é o corpo
sonhando-se ali
dissolução
estreitamente
carstificada
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