(oi da gente quando em Bach)
a poesia não morre, se transforma
afronta ao medo
ao silêncio ou à multidão de signos
a poesia não morre
tão absoluta quanto uma palavra de honra
ou a constatação do amoroso tato
a poesia cravada na pedra
em que os amantes se beijam
a poesia não não morre
nossos olhos mirando o sol :
ainda que o dia já seja noite
a poesia não morre
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