terça-feira, 29 de agosto de 2017
Ofício de Trevas, n. 1(Parceria com Adiron Marcos)
Matar lagartas colororidas na chuvarôa
e depois ter aflição de si-Mesmo:
até nerém carecia
haver poema na mesa, mas vire à direita em cem metros
quando a avenida acabar de assoar o nariz,
onde inda ontem mesmo existria
um pau-brasil respirando.
Mas como sempre - desque os bisões
tomaram Manhattan -
eu pus na cara a maquiagem Carnégira
de posseiro Insípido do aquário-rim-Solidão_____
dias onde Sempre fui órfão
e nunca subi de mim
como talvez as tardes em Itapoã. Talvez.
Mas esse o pai. Filho das horas,
e dos NÃO-espetáculos. A chuva
pode molhar o olho. E seus pés tortos
de oficina Irritada onde há demora de meses
pra se ingerir um pedaço de Coisa.
Mas ver a vida sendo mais que pau de Fulô
requer sorrisos, e guarda-chuvas.
E que vejas Somenos nos quadros
em que anões matam lagartas Listradas
com uma tonelada de bigornas,
e fogos de dragorões
pueris. Lembrar: a chuva
pode molhar
o olho.
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