"Banco de trás" (1982), Rubens Gerchman.
Diálogo ecfrástico.
Acorde do Violetempo
Aqui,
a expressividade orgÂnica
que caminha neste passo
é-uma estação subterrânea
precocemente mínima
da raiz dos cabelos
traçada e
saboreada
ao descanso do travesseiro
nos olhos de kafka morto
semoto
silêncio
passam homens :
lá acima barrancos
hoje, pode ser
só hoje
no dia de domingo e de amanhã
estamos aqui com qualidade
em cima
do macio
estar
em si
c o m o q u e m s e p e r d e u
p o r q u e r e r ser tigre
é-uma coxa e é-uma mão v i o l e t a
o tempo não pode roubar
o que eu gostaria
o brilho opaco das s noite verdadeira s
água ~ ~corrente ~
e
não te abandona
algo de estranho,
pois transcendem e
os dias morrem
transcendem
é-uma arte pra tocar
paisagem
traz nas mãos
que trabalham livres, elas
projetando luzes lambidas
sonâm bula se
transmuta no Verde-Let(r)a
hoje é elo
pra se
jogarrr
quero dentro desta noite
o nascer do sol vagindo
vida crua e sangrenta , mas sorrindo
sentir o verde porque te
quiero verde
sem o porquê
e descreve a vida com o seu olhar
las cosas le están mirando
água sendo presente
poema do
pingente
vagando e numa pequena praça
te encontramos
e não me surpreende (o fluxo(
que
o abrigo da noite seja o caos ( (
que
durante todos os dias suspensos
e carregados em nosso casco
de caracol
o olho do lambe-lambe
na esquina
seja
exatamente de
Kafka e de Art
au
d