segunda-feira, 22 de outubro de 2018



SalmÓdia(Poema em parceria com Adiron Marcos)

No jardim das rosas onde sonho e medo
também dão-Se os pés -
muuuito antes de se Acabar João - minha voz,
qual profeta do Crato - já se enroscava
no Cacto do Manuel_______ por maus caminhos de

setenta sortes o bolo que fiz em criança
também estava no Museu Nacional naquele dia
em que a Tragédia fumou os anjos, sem nexo
e filtro.

E como não ouvir das tempestades os setecentos
trombones, se no caminho do Planalto
um javali desfila na rua??__________

Não só os entes de fogo sentem
as espessuras da pedra, em Manguinhos
a todos os nomes o sobrenome "Sísifo"
foi concretado nas identidades, minha voz

inda esbarrando no Cacto prevÊ pra depois de
vinte e oito de outubro um rÓr de mais

sete mil mortes lá onde a lama TRAVA
e se acabou João e não apareceu AMARILDO_________

ah meus ossos... derrereTÊram
com as feiçÕes da mula_______ nela Montado

o Dark Lord dos poentes - Todos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Manifesto da PrÉda, ou baganÁcias da Chuva( Poema em parceria com Adiron Marcos)


Ossário largandarÁdo
às baganÁcias da Chuva________

por último O que feche a porta, de eMpós
quebrar na fonte a lampadÓsa do Encantamento
comprada no empÓrio a prestações.

Aboio
de chuvÊra mais braba: você recusa o forde da
fazenda, meu cavalano erÊ-banto um toque
de piano, mar Aprende
que é Demais abandono(anjos
mas num lugar Distantíssimo). Não me encontrei

na meia Quarta do quadrante NorTe
quando se pisa o asfalto quebrado
pelas RaÍzes, sempre no MEU barro
a mesma Ausência(e barro-Amorfo(!!)),
sem a espesSura da pedra______ ombro Nenhum.

Ônibus freiam na confluÊncia dos caules
sob edifícios que derreterÂO quando a roupagem
do fim do Mundo vier da lavanderÍa,

largado OsSário às baganÁcias
da Chuva_______ elas esquinas,

as ruas, não mais mangÂÂnam
o encanto de nossos Pés.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O asterisco

Um símbolo pode ser criado por meio de membros
Um ídolo pode ser inventado a partir de um ícone
Uma vírgula não constrói o amarelo
Possível até que cotovelos ralados amanheçam num quadro de Edward Hopper
Pra contar uma história sobre a máquina do mundo
Na perspectiva dos selvagens
Ou seja, daqueles que não quiseram
O asfalto.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018



Estudo sobre a cinética do sentimento


Quando os pombos voam 80 km/h
E os urubus planam
Multiformes desinências
Partindo códices
É triste
Rente à pele
O que dizem ser o Tempo
Mas o eco das lagartas antigas
Massacradas por sua própria dor
Vindouro ser quer borboleta
E enquanto massas nos dentes
Dele caminham pelo mapa
Há de querer há de vir hoje
Outro campo
Onde poeira se faz estrela
Aquela obra denominada
Um dia