sexta-feira, 30 de junho de 2017



Das Bestas ou do tempo dissolvido no curral vazio


Contaste muito bem os urubus no telhado
Não compraste tudo.
Calculaste no pânico sintomático o valor das coisas (antes de sair com o jejum do Egito descoroado
Os monstros do gasto
Meu sangue é dos que não negociaram
E não tenho outro amor a não ser dos doidos
Saudade é trazer pra cá Drummond quando Tu és o Capitão
Quando sinto o sozinho dentro da pedra rangendo a certeza do gasto dinheiro
Pela lambreta junina
O dia
-O Pânico, atravessado por outro Nome, terá Outra Vida-
- O Pânico, atravessado por outra Vida, terá Outro Nome-
Circulado em mim
Com alma dos pretos
A ''lindinha''
Raiando o passo demais voraz

quinta-feira, 22 de junho de 2017



Lá dentro fazia frio


Frio suficiente

e tinha medo

Três fios brancos I I I

Tive de r

omper meu centro

------------------------------------------------>

O tempo era outro

A casa, com suas pequenas histórias,

Adormeceu meu nome

Não há mais véu ou voo

omper meu centro

r

<-------------------------------------------------

Ritos atritos por locuções perdidas

Revirando meu olho

Nas horas com letras e ossos nossos

O->M->O->M->O->M

r o

mper meu centro

-------------------------------------------------->

(já que a era é antropoc___________

)( não exijo o entendimento

)meu meio e pássaro se abriam

Deixo as vias, pois com imagens



Tuas o mundo foi construído.


Nome do homem



1-Estadia

Mindinho de açúcar: imigrantes e aguardentes

Nos bueiros das Mães-de-Santo,

pequeno ponto vermelho

Antes de sair, bote o sapato

Chamada para a: Religião: Romana:

- fui atingido por um raio 7 vezes?

Há de ter bicharesia grande e pruta

Borbotões de fuzilamento recriando pés

sobre o segundo andar



2-Travessia

Porém, Ahab tinha o “dom” de não pensar

Morremos, sugamos aparelhos de nossos tempos

mofados, mais do que mistos e apreensivos ventres

- eu me jogo, baleia que tudo destrói!

Colhemos as frutas dos territórios lusados

Desde o sol ao quadrado nas esquadras

Reina o abandono (do) sentido

Imagens regurgitando o passado redescoberto

Inegável punhal cortando as varizes



3-Maré domina

Aos ratos doentes, o que é indicado?

Antes de dormir, apague a luz

Cenas repetidas por taquicardia e desinência de pós

-Assim, entrego a lança!



4-Fight

Cantando na estrada ou na janela da madrugada

Fechamos a porta dentro da noite

Parentesco que existe entre essa intriga_

Até vergonha da vizinhança

E a fome se igualou ao valão

coisificando a imagem Santa de Narciso

E não tentava mais nada

...Sono do dia sem Independência





segunda-feira, 19 de junho de 2017

O que se contenta
No frio largo
Dentro do forninho
Se imprimindo em horizontes
A cabeça aquela na rota do
Indizível
Fruto de montanhas curiosas e amenas
Surgindo do sol
A chama que coaduna o tempero de outros alicerces
Ela que deseja superar as contradições
Atravessa no tardio canto
O último emboloramento da bomba vermelha sobre
A Família feliz de Le Nain. ..

sábado, 10 de junho de 2017

(oi da gente quando em Bach)

a poesia não morre, se transforma
afronta ao medo
ao silêncio ou à multidão de signos
a poesia não morre
tão absoluta quanto uma palavra de honra
ou a constatação do amoroso tato
a poesia cravada na pedra
em que os amantes se beijam
a poesia não não morre
nossos olhos mirando o sol :
ainda que o dia já seja noite
a poesia não morre