Um momento como um toque de piano unindo-se aos estardalhaços dos saberes do mundo
Enquanto um javali desfila na rua. Com a trilha de um vindo poente. Sem desfecho. Momento de desestabilização. E muito abandono. E mesmo o preenchido. Aquele ente de fogo. Sente a espessura da pedra. Quando se pisa no asfalto quebrado pelas raízes. Somando o tempo que levaram pra crescer Girassóis até o momento em que todos puderam ouvir aquela música, as perpendiculares da rua se distanciaram em dobro. Para que cada esquina fosse o encontro com os nossos pés.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Meus ossos também derreteram com as feições da mula. Meu discurso se perde na fiação de gato. Meu estilo é desconhecido
E não me dá orgulho isso. Provenho das centenas de emparelhamentos.
Não me encontrei nem no buraco do deserto Norte. Minha voz se enroscava no cacto. O bolo que fiz em criança despertou contigo os anjos do lugar distante. Sem nexo e filtro. Cortei a embarcação e ela começou a afundar. O meu lar não é o seu. Nasci na esfera crítica da roupagem repetida e da depilação contínua. Torcendo por tornar meus pés menos propensos a me doerem. Soltar soltar os pássaros das gaiolas. E correr pela rua com os cachorros
- nós livres.
sábado, 18 de fevereiro de 2017
Atravessaremos
Eu atravessei
O deserto de formas
Pela ideia contínua da bermuda
Onde seios de falanges se movimentam na nova escolha da rota
Pra amenizar o atraso
O corte do filme
Do cabelo e da demora
Pra que seu dedo sinta-se bem
Na convivência com o corpo
Cores- espaços em mutação
Renovar o Pensamento era a esperança...
É dentro das possibilidades
A Francisco Bicalho ressalta o poder de outras Estações.
Não entendi quase nada
Eu atravessei
O deserto de formas
Pela ideia contínua da bermuda
Onde seios de falanges se movimentam na nova escolha da rota
Pra amenizar o atraso
O corte do filme
Do cabelo e da demora
Pra que seu dedo sinta-se bem
Na convivência com o corpo
Cores- espaços em mutação
Renovar o Pensamento era a esperança...
É dentro das possibilidades
A Francisco Bicalho ressalta o poder de outras Estações.
Não entendi quase nada
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Manifesto da pedra (ou de como Sísifo estudou, sem cessar, o peso do minério no quadrante de João Cabral)
Quando andar sem roupa for mais comum do que andar com roupa. A culpa da instituição religiosa será desconhecida. Paredes serão estruturas praticamente extintas. Os nomes terão outros significados
Poderemos nos interpretar por outros signos.. .
Os estabelecimentos de negócios, as lojas perfumosas e caras se desfalecerão, e as dobradiças vão desmontar sob os gritos da tempestade e o cricri do grilo-
Quando andar sem roupa for mais comum do que andar com roupa. A culpa da instituição religiosa será desconhecida. Paredes serão estruturas praticamente extintas. Os nomes terão outros significados
Poderemos nos interpretar por outros signos.. .
Os estabelecimentos de negócios, as lojas perfumosas e caras se desfalecerão, e as dobradiças vão desmontar sob os gritos da tempestade e o cricri do grilo-
Muitas coisas ficam dependuradas nos cabides dos seus quadros. Quando se sente cheia de resoluções incompreensíveis
E a respiração vale mais. E mesmo assim, o mundo que aceitamos ou não contemos o suficiente , não mudamos um pouco que seja, preza por uma vida irrespirável
Tóxica fulminante de estr-
abismo$
Nas esquinas, infindáveis pares de Edelweiss, rompendo as estruturas , vão. Nas quinas dos bares , convulsão de caules sob a névoa da ilha de calor. O ônibus freia. A planta, regurgita cem sementes originais de um outro Canudos. Parodiando a volta do não horário de verão. As estrelas lacrimejando se montam em arranha-céus só pra verem o homem esquecer da vírgula e desvestirem o verbo.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Promessa de praia
-nas ventas-
(cantoria a Rilke e Wislawa)
Pé de avé, de bruxa, saci : o mati-taperê
Hoje faz três dias que meu corpo percorreu
o espaço circunstancial das vias, por horas a fio____________________
Os pés sentindo a f e n da das paragens
e dentro do sexto dedo- a invisibilidade das horas
<Tingindo os pensamentos
<:seus entes de chumbo
: pessoas e grãos
Circulando os traços do oito infinito
Imagina aaah
Dedo sexto sentido
& eu rindo
desejo dele o
aprender sobre o que vivo
Muita mentira
parece haver
em país,
Onde o Sol racha
E os escritórios
O amenizam.
Mas o problema não é o Sol.
Repitam comigo.
Mas o problema não VEM do Sol.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Mati-taperê
Saio de mundos, toUpeiras
sou Sem-fim
quando o verbo faltou ao teu colo
as brevidades se tornaram estado de espírito
pulei no mato
com paus-de-ser
sassaciri can cado du lalalaô
promessa de praia nas ventas
retorno da areia pro tatuí
jorrar tua fronte ifigênia
calabouço das horas
donde os moços
moçoriquitos já vumpicarandaram
teu sangue pra coleta do amanhã
saio da noite inconclusa
pé de ave, de bruxa
ou ente mágico
sem o fi____________
1.1
Desci a serra
Os pés pra trás
Lamparinas acesas jorravam
Teus braços
Tubérculos
Da raiz_ponte
Vazia
1.2
Calma
Sorte dos ventos
Que arrastam tatuís
À Iracema
Tapados os olhos
Com fibra coral
Há tinta que chegue?
1.3
Sacirimos pelos cloudfins
Minha maré gigante
Irradiando seu nó
Para a carcaçada
Da tribo retida
Anexar pupilas
Suas flores
Cata V entos
Não os abandone!
1.4
Retornar
Viagem às figueiras
Tatudo justim
Ciodanhoite
1.5
Tratado da rede
A liga da boca Ventilar fungar as ventas
As sempre-vivas sabem desta existência mais que a metade. Quando os corvos passaram por Van Gogh pode ser que os campos -eles se abriram.
Minha tinta de nuvem. Pingando de sangue.
Meu olhar na poeira. No dinheiro , pelo convulso. Cada perdida saída. Um encontro com ocaso, que ri em sua forma de centro. Espelhado no quinteto Villa-Lobos sob o espectro das leis humanas.
Cada jogada da bola bate na tua testa como na infância. Em que tia da escola faz chacota das possíveis menininhas serem lésbicas. ) pois é (
As sempre-vivas sabem desta existência mais que a metade. Quando os corvos passaram por Van Gogh pode ser que os campos -eles se abriram.
Minha tinta de nuvem. Pingando de sangue.
Meu olhar na poeira. No dinheiro , pelo convulso. Cada perdida saída. Um encontro com ocaso, que ri em sua forma de centro. Espelhado no quinteto Villa-Lobos sob o espectro das leis humanas.
Cada jogada da bola bate na tua testa como na infância. Em que tia da escola faz chacota das possíveis menininhas serem lésbicas. ) pois é (
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
''Toda interrogação é resultado de uma
exclamação anterior"
Alberto Pucheu falando sobre a poesia , vida
escuta, eu percebi isso nuns lapsos
como se o que eu fosse falar ou perguntar já tivesse uma afirmação anterior, um caminho traçado , uma linguagem que foi silenciada, mesmo pulsando , a pressenti, mas não a apreendi, talvez ela muito leve para o peso dos corpos, por isso seguir, mesmo perdida, não se está por completo, a reminiscência de uma voz que te so__p_r_oU
exclamação anterior"
Alberto Pucheu falando sobre a poesia , vida
escuta, eu percebi isso nuns lapsos
como se o que eu fosse falar ou perguntar já tivesse uma afirmação anterior, um caminho traçado , uma linguagem que foi silenciada, mesmo pulsando , a pressenti, mas não a apreendi, talvez ela muito leve para o peso dos corpos, por isso seguir, mesmo perdida, não se está por completo, a reminiscência de uma voz que te so__p_r_oU